domingo, 24 de maio de 2009

Um milhão de amigos my ass


Estou há menos de duas semanas do meu aniversário e a menos de uma de um pós-operatório que me faz ficar de pernas pra cima e cabeça on firah, porque mais de dez minutos em pé me fazem quase chorar de dor, então não dá. Hoje meu domingo foi isso, filmes e cabeça on firah.


Não que a cabeça on firah em uma geminiana seja algo de se assustar, mas não tem muito pra onde fugir. E lendo um pouco de astrologia fiquei pensando no papel da casa 11 do meu mapa, que são meus grupos. Meus amigos.

Eu adoro saber dos outros, adoro ajudar os outros, faço o que eu posso, me viro do avesso e me sinto muito muito feliz com isso. Não consigo dormir sabendo que um amigo meu tá fodido de alguma forma. Mas de uns tempos para cá eu sentia falta de uma pergunta, um abraço, sei lá. De entrar no msn e ter alguém pra me perguntar como EU estou, for a change.

Me senti muito culpada por um tempo, mas depois eu entendi. Talvez seja a velhice chegando, mas estou cada vez mais seletiva e com menos AMIGOS capslock. Gente conheço pencas, virtual e pessoalmente. Trabalho com um monte, cada dia conheço mais, e adoro estar sempre cercada. Mas é outra história.

Estou falando de quem está comigo sempre. De quem me abraça quando meu pai morre. De quem me leva flores no hospital e ri comigo dos absurdos in loco. De quem se preocupa comigo mesmo eu não falando quase nunca de mim, quando o assunto é sério. Porque me conhece, e sabe. E gosta de mim...

(Escrevendo isso, paro para atender um amigo que eu amo, me ligando pra saber como eu estou. Não tem como desmentir, é isso. Não tem como explicar, é isso.)








Foto: Rosa que Mel me levou ao hospital, ano passado, enquanto meu pai estava internado. Ele ficou com a rosa ao lado de sua cama enquanto pôde, e cheirava todo dia. Eu sei o que essa rosa significou pra ele. É disso que eu estou falando.

domingo, 10 de maio de 2009

Feliz Dia das Mães

sábado, 2 de maio de 2009

Parto pra dentro

De sentir o ritmo eu já reconheço que está chegando de novo a tal da vontade de ir, e a linha entre a vontade e a urgência é tão tênue que quando se rompe é um parto pra dentro que eclode na alma.



E se me abandono, transbordo, e se transbordo, é o avesso de mim.