quinta-feira, 28 de agosto de 2008
terça-feira, 26 de agosto de 2008
aroma addicted
Meus cheiros preferidos
•Minha filha •DolceGabbana Blue em homem •Cappuccino ou qualquer coisa que me lembre a Italia •Café de manhã aos domingos •Cavalos •Qualquer coisa com baunilha •Xampu •Livro bem lido •Jasmim rosa (encho o carro dessas flores no verão e deixo no sol pra perfumar o carro) •Pedra quente recém-molhada de chuva
Perfumes:
• Dolce Vita
• Gaultier (o da lata)
• Gloria
• 212 sexy
• Miss Dior
• Trésor
• Hipnotic Poison
• Blonde
• Volupté
• Tentatrice? - Sephora (gente, aqui cabe um parêntese. Quem for viajar pra Europa, sério, eu PAGO COMISSÃO pra trazer pra mim alguns frascos das vanille da Sephora - uns 3. Alguém?)
Postado por Lele Siedschlag às 20:01 15 comentários
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Nada não, só pra compartilhar essa foto, do carro do lado, hoje à tarde, na av. Sumaré.
Se isso não é o saco do Chewbacca pendurado no retrovisor, eu não sei o que é.
Postado por Lele Siedschlag às 19:59 10 comentários
Oscaaaaaaaaar
Ontem eu fui fazer uma produção no Tampopo, que fica na Rua da Consolação x Rua Oscar Freire, e no meio da história tive que sair pra ir sacar dinheiro. O caixa ficava na Rua Estados Unidos, então eu fui a pé.
Eu nasci e fui criada no Jardim Paulista, e morei lá bem até meus 20 e poucos. Sempre foi um bairro legal, mas gente, não era assim não. Virou um quilombo às avessas, é tudo o que passa pela minha cabeça como base de comparação.
Nessa andada que eu dei, de sei lá, 20 minutos, eu não vi UM morador na rua. Mas vi meninas atendentes de lojas chiquérrimas vestidas em roupas brilhantes e saltos-agulhas, disfarçando os tons castanhos do cabelo com tinta barata. Vi um go-go boy passeando com um cachorro maltês e falando ao celular: "Sou assistente de produção". Vi várias pessoas, aliás, passeando com cachorros - sempre cachorrinhos pequenos e branquinhos -, a maioria de uniforme.
Uma mulher negra, de seus 70 anos, andava carregando sacolinhas de compras, em um vestido azul-escuro emoldurado por um avental e uma touca brancos. Curvada, porém rápida e bem forte - é a mucama do século 21.
*
Na loja de conveniência do posto de gasolina, comi a melhor empada da minha vida, deixa qualquer uma de empadaria no chinelo. Uma empada IMENSA, macia, cheia de palmito/azeitona preta/algum creme que eu não soube identificar. Ficadica pro Clayton ir lá e avaliar. Vale bem a pena.
Postado por Lele Siedschlag às 10:59 14 comentários
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
constrangimento: define
Lele
meu hoje me aconteceu uma coisa tao idiota
tipos
meu marido ficou com meu cartao
eu tava com o cartao da minha empresa
que geralmente tem merda nenhuma na conta
enfim
tude*
hahah
Lele
fui no supermercado
e fui no caixa que tem dentro
era 22h01
o caixa NAO INFORMA saldo apos 22h
Lele
tentei pegar 50 conto, consegui
falei, beleza, entao tem grana, me pagaram
so que o caixa avisou que nao ia liberar mais saques, so podia fazer compras em debito automatico
tude*
hahahaha no cartao da empresa
uhn
Lele
aí comprei um monte de coisa
fui passar no caixa, ainda avisei o cara "o, so tenho 50 conto"
vai me avisando ae
qdo chegou no salsão deu 52
eu vi que faltava pouco
falei meu passae, vai dar merreca, eu pago no debito automatico
nisso uma puta fila ja atras de mim
tude*
HAHAHA caralho
Lele
cara
deu 72 reais
ai eu suei frio, dei os 50 conto
e falei "passa 22 aqui"
no cartao DA EMPRESA
tipos
todo mundo vendo que era um cartao DE EMPRESA
e tipos minha empresa NAO TINHA 22 REAIS sabe
tude*
hahaha e tipos NAO AUTORIZADO
Lele
ai o cara falou "vou tentar de novo"
e eu ja tipos amarela de constrangimento
meu, nao adianta passar de novo qdo oi, vc nao tem grana?
tipos, a maquina nao vai pensar, "ah, ta pedindo tao bonitinho, vou liberar"
tude*
a maquina nao vai achar q vc é gente boa, trabalha coletando cachorrinhos e traduzindo ponto cruz do alemão né
Lele
eu falei meu, nao precisa, na boa. devolve ae o salsao
o cara falou "meu, nem dá, a senhora nao tem moeda?"
oi, tenho, mas nao VINTE E DOIS REAIS de moeda, sabe
o povo começa a bufar saca
o cara fala "devolve aqui essa alface, vamos passar 18 reais"
tude*
HAHAHAHAHAH
HAHHAHAH
Lele
haahahahha meu. NAO AUTORIZADO.
tude*
HAHHAHAHAHAHAH
HHAHAHAHHAHAH
Lele
cara, defina constrangimento.
serio.
tude*
meu foi devolvendo migalha por migalha
hahahahah
Lele
meu... devolveu o salsao, o alface, pegou o rosbife (enxuguei uma lagrima nessa hora)
tude*
HAHAHHAHA
Lele
deu 56 reais
faltavam 6
tude*
caralho, sobrou nem um pepino?
Lele
e o povo da fila comecou a ajudar, sabe
tipos "pega a batata"
tude*
pq né ja q tava fodida, levava ao menos um pepino pra um DP
Lele
bom, sem a batata e sem a mandioquinha ficou em 52 e poucos
que eu tinha em moeda, seu filadaputa.
tude*
caralho bicho eu falava
"eu poderia tá matano, eu poderia tá robano"
lele
o cara ainda me deu um troco de 8 centavos, sabe
pao de acucar nao da troco
eu falei, meu, nao precisa
ele falou "cara, faco QUESTAO"
tude*
vc a pessoa mais doentia q eu conheço
como vc entra num supermercado sem dinheiro
Lele
cara, é que eu SUPER acho que meu, Deus vai prover, sabe
só que hoje eu me fodi
tude*
cara eu tenho 3 cartoes justamente pra nao correr o risco saca, tipo modess com tripla absorção mais abas. MEU sério, daí q se um nao passa, outro passa, agora se os tres nao passarem, oi? vc é pobre, beijos. fila do bolsa-familia é do outro lado.
Lele
HAHAHHA
Postado por Lele Siedschlag às 21:53 43 comentários
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
espaços
Num espaço de 3 nuvens e 4 letras é que tive você
Na minha alma e te levei por dias e outros dias
E te esquecia depois, na ausência-chumbo dos meus
Sonhos-relinchos que não te acordaram
Nunca.
Num espaço de 10 chuvas e nenhum ditongo é que você me tirou
Da tua pele e me empurrou pra essa noite e nenhuma outra
Sorte se descortinou além das adagas-prata dos teus
Olhos-fantasmas que sempre se afirmam
Sempre.
*
*
*
Tem dias em que o céu se rasga em cinza.
E a gente se pergunta:
Do(as) cinza(s) se faz sol?
Postado por Lele Siedschlag às 09:54 6 comentários
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Petra
Porque esse deveria ser meu nome.
Sempre. Sou pedra, não me movo, e tchabum, o mar bate em mim o tempo todo. Quero ir também, mas não consigo. Jogo uns cascalhos, finjo que vou, sabe? Finjo que vou, e as pessoas acreditam. Mas eu não vou, eu nunca fui, e às vezes duvido que algum dia consiga ir. Porque sou pedra, porque sou petra, porque sou roccia, rock, stone, erigiram-me aqui e aqui estou e tenho muito medo, e tenho tanto medo, meu Deus, quanto medo aqui dentro, e já sou meio medo e meio pedra, dura, tudo duro, tudo tão frio.
E dentro de mim às vezes desejo que fosse oco, pra poder me deixar mais leve, mas não sou passagem, e sim acumulação, e tá tudo acumulado, aqui dentro, olha, tudo tão acumulado e amalgamado, mesmo aquilo fragmentado está todo aqui, nas caixinhas, e não vou porque não posso, porque não tenho raízes mas sou tão pesada, aqui, entre toda essa massa pétrea que um dia achou que eu pertencia àqui, e eu acreditei, e deixei, e fiquei. E agora não tem eu que não fique, porque fiquei e fico, e resto.
Por isso os peixes passam por mim e riem. Por isso as ondas passam e avançam sobre mim. Por isso as algas aproveitam e se prendem em minhas pernas, e por isso eu grito e o grito que ninguém ouve vira pedra também, ele também.
Que Midas irônico esse, que tudo toca e tudo gruda, e amalgama, e fica dentro, bem dentro, bem fundo, e não larga, e craca, e petrifica.
E esse é meu segredo mais íntimo.
Podem ir embora, agora.
Vão e não olhem pra trás.
Porque de estátua basto eu.
Postado por Lele Siedschlag às 06:05 9 comentários
sábado, 2 de agosto de 2008
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
senti il rumore
Ouve, ouve o barulho das paredes caindo.
Os tijolos agora aparentes pintam tudo de vermelho, olha.
Que tinta toda era aquela?
Toda aquela construção nada mais foi do que um brinquedo.
Um jogo de a(r)mar.
Postado por Lele Siedschlag às 06:49 1 comentários