domingo, 30 de novembro de 2008

PRIMEIRA NECESSIDADE - ANIMAIS EM SC

ALGUMAS NECESSIDADES IDENTIFICADAS:

- Vacinas contra leptospirose, raiva, antibióticos, sarnicidas, anestésicos, seringas, agulhas
- Máscaras e luvas descartáveis
- Ração para cães, gatos, cavalos e bois
- Água potável em embalagens de 5 litros
- Coleiras e correntes para cães
- Casas e caixas de transporte para cães e gatos
- Material de higiene e desinfecção de instalações e dos animais
- Cobertores e toalhas
- Potes para alimentação e água

Alessandra Siedschlag Fernandes
Itau ag 0713
c/c 63267-7

sábado, 29 de novembro de 2008

Notícias de Hoje

Primeiro, meus agradecimentos:

Ao Luiz Pimentel e à Claudia Assef, especialmente, e a todo o pessoal do Virgula, que estão apoiando com toda a alma esta campanha.

À Janaina Rosalem, da MisterVet (Rua Turiassu, 713 Tel: 3673-4028), minha superveterinária e amiga querida, por me apoiar tanto e sempre e dar as melhores idéias, além de estar buscando as melhores opções de ração e transporte pra gente. Fierce!

À Andrea Podolski, do BNP - Bicho no Parque, por se dispor a receber donativos no bazar do BNP, no próximo dia 7/12, na Rua Cayowaa, 1776, salão de festas, em Perdizes, SP.

À protetora Viviane Dahroj, por ter me dado a idéia de abrir uma conta própria pra ajudar os bichos de SC.


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Falei com Halem Guerra Nery, do Instituto Animal Ecosul, de Florianópolis, e é a ele que as ongs do Sul estão se reportando. Ele está centralizando toda a ajuda, e repartindo-a para as ongs da região.

Ele me disse que o que está dificultando é mesmo a Defesa Civil, mas que eles já estão conseguindo sensibilizar os profissionais de lá e que amanhã chega a Florianópolis um especialista em catástrofes animais (dr. Werner Payne, da Veterinários sem Fronteiras), para avaliar in loco a situação e contatar as autoridades regionais, o que provavelmente muda (para melhor) o cenário.

Eles não têm ração disponível lá, e esta é a prioridade agora. Eles PRECISAM RECEBER comida para os animais. Então estamos tentando uma forma de conseguir viabilizar o transporte, que não seja, por ora, pela Defesa Civil. Algo particular mesmo.

Eu acho que o caminho é este. Centralizar a ajuda em SP com a gente, e nos comunicarmos diretamente com a central do Sul, o Halem. Já temos 450 reais de doação e mais 70 quilos de ração doados. Continuem divulgando, por favor. Vai ser uma vitória muito bonita e que vai fazer história.

Divulguem!

Alessandra Siedschlag Fernandes
Itau ag 0713
c/c 63267-7

sexta-feira, 28 de novembro de 2008


(Da Folha Online)

Gaspar, uma das cidades catarinenses em que foi decretada situação de calamidade, registrou cenas que mostram outras vítimas dessa tragédia: os animais.
Na zona rural, um tamanduá-mirim foi encontrado morto na tarde de ontem (26). O animal parecia ter sido arrastado pela água.

Durante uma missão de resgate dos bombeiros do Paraná no município, uma outra história teve final feliz. Um dachshund --também conhecido no Brasil como salsicha ou cofap-- foi salvo pelo Corpo de Bombeiros paranaense.

Fiel ao dono, que atravessou a correnteza, o cachorro tentou seguí-lo e foi arrastado pelas águas por cerca de 30 metros. Ficou preso sob os escombros de uma ponte.

"Um aspirante do Corpo de Bombeiros não pensou duas vezes e foi resgatá-lo", conta o fotógrafo João Carlos Frigério.

Na mesma localidade, onde 25 pessoas que estavam isoladas foram transportadas para casas de parentes, outro cão abandonado foi resgatado na beira de um rio e levado para uma comunidade vizinha.


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Estão divulgando que a Defesa Civil não vai mais enviar ração pra SC. Oquei, agora vamos conseguir um transporte particular pra fazer esse monte de sacos de ração - que se Deus quiser vamos conseguir - chegar até Blumenau. Por favor, divulguem. Logo subo um video fazendo um apelo para a campanha.

Obrigada.


Alessandra Siedschlag Fernandes
Itau ag 0713
c/c 63267-7
alesie@gmail.com

NOVA CONTA-CORRENTE PARA AJUDAR OS ANIMAIS ABANDONADOS DE SC

Gente, seguinte, eu não consigo só divulgar um negócio. Preciso fazer alguma coisa.

Eu estou me juntando a Clarah Averbuck e ao pessoal do Virgula (Luiz Pimentel e Claudia Assef) pra divulgar uma campanha em prol dos animais abandonados de Santa Catarina. É muita desgraça pra todo mundo, eu sei. Vamos pensar um pouco nos bichos também?

Minha superveterinária e amiga do peito Janaina Rosalem está conseguindo um acordo bem bacana com um fornecedor de ração: vamos comprar as rações "por quilo" - são pacotes que rasgaram e não podem ser vendidos p/ loja. E quanto mais quilos comprarmos, mais desconto a gente consegue.

Vou divulgando aqui cada passo que a gente conseguir.

Tenho uma conta-corrente específica para essa ação. Depositando o mínimo que seja, você me ajuda a ajudar os bichos abandonados, pra quem não existe helicóptero de resgate ou lugar seguro agora.


Alessandra Siedschlag Fernandes
Itau ag 0713
c/c 63267-7
alesie@gmail.com



E que essa imagem seja um exemplo:

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

APELO: ANIMAIS EM SANTA CATARINA


(Imagem daqui)


O GAE POA, amigos e simpatizantes da causa animal estamos solidários com o sofrimento do povo catarinense. A mobilização do governo federal e dos Estados brasileiros, bem como da população do país, tem por dever aplacar as necessidades imediatas dos desassistidos. Entre as vítimas da tragédia, estão também os animais que só contam com iniciativas de poucas ONGs. Muitos cães têm sido encontrados mortos, presos a coleiras nos pátios de suas casas, gatos ficaram nos apartamentos, sem que seus donos tivessem conseguido salvá-los. Centenas seguem nos telhados e nas árvores sobre as águas.
Nosso apelo, neste momento, é para que, além da ajuda oferecida aos humanos, também se façam donativos para os grupos que estão tentando resgatar e tratar animais.

Itajaí

O apelo da ONG Viva Bicho dá conta de que os animais não têm como pedir socorro e não conseguem se ajudar sozinhos. Muitos estão ilhados, sem comida, com medo, frio, à espera de ajuda. Cães e gatos sobreviventes vagam pelas ruas à procura de suas famílias e de alimentação. Apela-se aos moradores que tentem alimentar os animais que estão na rua.
Não há ração disponível para compra na cidade, precisando ser enviada de outros lugares. Qualquer doação reverterá na ajuda imediata para resgate e tratamento dos animais sobreviventes.

Contato: Bianca - Ong Viva Bicho - (47) 8425-1459 / 9903-5441
Banco do Brasil
Ag. 1489-3 cc 20793-4
Associação Viva Bicho
CNPJ 06 156 776 / 0001 - 81

Blumenau

Segundo informes da APRABLU - Associação Protetora de Animais de Blumenau, há muitos animais ilhados e também perdidos pela cidade, e a ONG pede que os moradores tentem alimentar e confortar os animais que encontrem. A Associação pede com urgência doações para compra de medicamentos, alimentação, condições de abrigagem, cordas e potes.

Contato para doações:
e-mail: aprablu@terra. com.br (Bárbara)
Caixa Econômica Federal (ou lotéricas)
Ag.411
Op. 013
C/C 187-5
Simone Ruth Stoltz

Florianópolis
Menos atingida do que as cidades do interior, a capital de Santa Catarina, por meio de integrantes do GAE Floripa e do É o Bicho organizam o envio de estoque de rações a Itajaí, já contando com uma forma de transporte para sábado. Contato para apoiar com doações: e-mail: ordepdarc@gmail.com (Pedro)


Não deixe de doar, mesmo um valor "pequeno". Neste momento, qualquer real vai ajudar. Repasse esta mensagem aos seus contatos, vamos nos juntar aos animais vítimas das enchentes de SC.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Oggi Sono Io

Falando em poesia... Essa música é poesia pura, desde a letra (incrível) até a interpretação.
Este vídeo que eu posto aqui hoje seria um ensaio. Mina está lendo a letra, cantando a música pela primeira vez. Perceba que, no fim, o diretor ri, estupefato: ficou perfeito. Não precisa nem tentar de novo, foi "a boa".



É uma das minhas músicas preferidas do mundo inteiro. Tenho um verso dela tatuado no braço direito, sob um verso de Ted Hughes.



Aqui, a letra, de Alex Britti:

E non so perché,
quello che ti voglio dire
poi lo scrivo dentro ad una canzone
Non so neanche se l’ascolterai
o resterà soltanto un’altra fragile illusione
Se le parole fossero una musica
potrei suonare ore ed ore e ancora ore
E dirti tutto di me
Ma quando poi ti vedo c’è qualcosa che mi blocca
E non riesco a dire neanche come stai
Come stai bene con quei pantaloni neri,
come stai bene oggi,
come non vorrei cadere in quei discorsi già sentiti mille volte,
e rovinare tutto
come vorrei poter parlare senza preoccuparmi,
senza quella sensazione che non mi fa dire
che mi piaci per davvero,
anche se non te l’ho detto,
perché è squallido provarci,
solo per portarti a letto
e non me ne frega niente,
se dovrò aspettare ancora,
per parlarti finalmente,
dirti solo una parola,
ma dolce più che posso,
come il mare, come il sesso,
finalmente mi presento.
E così, anche questa notte è già finita,
e non so ancora dentro come sei
non so neanche se ti rivedrò,
o resterà soltanto un’altra inutile occasione,
e domani poi ti rivedo ancora.
E mi piaci per davvero,
anche se non te l’ho detto,
perché è squallido provarci,
solo per portarti a letto
e non me ne frega niente,
se non è successo ancora,
aspetterò quand’è il momento,
e non sarà una volta sola.
Spero più che posso,
che non sia soltanto sesso,
questa volta lo pretendo.
Preferisco stare qui da solo,
che con una finta compagnia,
e se davvero prenderò il volo,
aspetterò l’amore e amore sia.
E non so se sarai tu davvero,
o forse sei solo un’illusione,
però sta sera mi rilasso, penso a te e scrivo una canzone.
Dolce più che posso,
come il mare, come il sesso,
questa volta lo pretendo,
perché oggi sono io.






domingo, 23 de novembro de 2008

De vez em quando eu descubro um poeta de que eu adoro. Vamos combinar, poeta é uma coisa tipo "honesto" ou "sincero" no programa do Rodrigo Faro - todo mundo fala que é, mas aí você vai ver e... né? Enfim, pra bom entendedor.

Descobri Matthew Arnold no susto, assim como meus amores Ted Hughes no susto, assim como Olga Savary. Mas Arnold, na verdade, eu nem conheço direito, sabe aquele medinho que dá de você ir fuçar e se decepcionar? Porque depois de conhecer o primeiro poema dele, Dover Beach, eu tenho a sensação de não precisar conhecer mais nada... Porque é perfeito demais.

Conheci o poema pelo filme "Salt on our Skin", com Greta Scacchi e Vincent d'Onofrio, um dos meus top5 movies. Mas outro dia eu falo deles, hoje falo do poema em si. É uma das coisas mais lindas que já vi na vida.

Fui buscar no YouTube a cena da leitura do poema no filme, mas não tem. Achei uma animação sobre a imagem do Arnold, com uma leitura em off do poema - o máximo.



Pra quem quiser seguir os versos, Dover Beach transcrito. Enjoy.

The sea is calm to-night.
The tide is full, the moon lies fair
Upon the straits; on the French coast the light
Gleams and is gone; the cliffs of England stand;
Glimmering and vast, out in the tranquil bay.
Come to the window, sweet is the night-air!
Only, from the long line of spray
Where the sea meets the moon-blanched land,
Listen! you hear the grating roar
Of pebbles which the waves draw back, and fling,
At their return, up the high strand,
Begin, and cease, and then again begin,
With tremulous cadence slow, and bring
The eternal note of sadness in.

Sophocles long ago
Heard it on the A gaean, and it brought
Into his mind the turbid ebb and flow
Of human misery; we
Find also in the sound a thought,
Hearing it by this distant northern sea.

The Sea of Faith
Was once, too, at the full, and round earth's shore
Lay like the folds of a bright girdle furled.
But now I only hear
Its melancholy, long, withdrawing roar,
Retreating, to the breath
Of the night-wind, down the vast edges drear
And naked shingles of the world.


Ah, love, let us be true
To one another! for the world, which seems
To lie before us like a land of dreams,
So various, so beautiful, so new,
Hath really neither joy, nor love, nor light,
Nor certitude, nor peace, nor help for pain;
And we are here as on a darkling plain
Swept with confused alarms of struggle and flight,
Where ignorant armies clash by night.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

16-year-old

Eu adoro memês. Vi no Calaboca e, como adolescente de 16 anos que sou, tô replicando.

Onde está seu celular? Não faço idéia
E o amado? Aqui em casa, no escritório
Cor do cabelo? Agora? Loiro-escuro. Mas muda absolutamente sempre.
Sua mãe? Na Ilhabela.
Seu pai? Desbravando o céu há quase 3 semanas.
Minhas irmãs? Uma na Ilhabela, outra em São Carlos.
Seu filho? Minha filha foi passear no parque da Água Branca.
O que mais gosta de fazer? Ver TV com minha filha, comer, ler bons textos, escrever bons e maus textos, andar a cavalo e namorar, não necessariamente nesta ordem.
O que você sonhou na noite passada? Gente, sonhei que eu era a Madonna. Sério. Essa minha COISA com biografias, que tá me fazendo ler "A minha vida com Madonna", do Christopher Ciccone. Leio todas as biografias do mundo, até de quem eu não conheço.
Onde você está? Sentada na minha cama :)
Onde você gostaria de estar agora? Ai, na Italia?
Onde você gostaria de estar daqui a seis anos? Na Italia mesmo :)
Onde você estava há seis anos? Morando do outro lado da cidade, me preparando pra viajar pra Salvador.
Onde você estava na noite passada? Jantando e rindo com minha soul sister.
O que você não é? Constante.
O que você é? Curiosa.
Objeto do desejo? Uma ong para ajudar bichos.
O que vai comprar hoje? Nada programado.
Qual sua última compra? Um... jantar?
A última coisa que você fez? Entreguei duas pautas pra minha editora.
O que você está usando? Bermuda jeans, regata preta, uma camisa florida que comprei em Camdem, Londres... em 1990. Sério.
Na TV? Meh.
Seu cachorro? Três: Catarina, Monica, Prozac.
Seu computador? MacBook branco.
Seu humor? Ciclotímico.
Com saudades de alguém? Sandrina, Gabriela, meu pai.
Seu carro? C3 preto, todo redondinho e cheiroso.
Perfume que está usando? Tentatrice?, da Sephora.
Última coisa que comeu? Salada e pasta al sugo.
Fome de quê? De vida.
Preguiça de? Gente.
Próxima coisa que pretende comprar? Presentes pra quem eu amo.
Seu verão? Projeto Piovani: magra, preta e linda. Sem apanhar, porém.
Ama alguém? Muita gente.
Quando foi a última vez que deu uma gargalhada? Hoje de manhã, lendo um email.
Quando chorou pela última vez? Quando meu pai morreu.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Sobre o post do Gravataí Merengue

O assunto de hoje é o post que o G. Merengue escreveu, sobre o Vírgula, a Veja e o TDUD?. Acho bacana levantar a discussão sobre jornalismo/blogs de fofoca x humor x liberdade de imprensa e tal, acho mesmo. Eu trabalho com textos desde 1994, sou publicitária formada, com pós-graduação em Tradução, e tenho uma empresa de textos desde 96. O TDUD? não é meu (único) trabalho, portanto. Trabalho como revisora/redatora/fornecedora de conteúdo para mais uma dezena de clientes fixos, e adoro. Digo isso pra dizer que sim, acho bacana mesmo discutir sobre o texto em si, entre pessoas/profissionais da internet. Acho que todo mundo vai sair maior e melhor de uma boa discussão entre profissionais e adultos que somos.

Eu leio o Gravataí, e na maioria das vezes concordo com o que ele diz, e entendi que o que ele está levantando no post é a pretensa "contradição" do Virgula em escrever um texto sobre a matéria da Veja falando sobre Fabio Assunção e as drogas e ao mesmo tempo hospedar o nosso blog, que sempre comentou com ironia as notícias jornalísticas de outros blogs/sites/meios. Não vou discutir isso neste post aqui, mas estou pronta pra falar sobre, com quem quiser ouvir minha opinião. É só me escrever.

Estou escrevendo porque nos comentários daquele post as pessoas estão claramente confusas sobre a história "processo", dizendo que TDUD? está processando o blog Atoron, por exemplo... O próprio Gravataí diz que Polly se ofendeu quando foi chamada de "obesa". Enfim. Too much ado about nothing. Nada disso é verdade.

EU, Alessandra (e não o TDUD?), estou abrindo um processo contra José Hilário (o Metheoro), por ter sido chamada de maníaca depressiva no blog dele. Polly nunca se ofendeu por ser chamada de gorda, assim como Didi não se ofende por ser chamado de gay e eu não me ofendo por ser chamada de gengivuda/velha/gorda. Esse tipo de coisa eu acho que nem precisaria estar explicando, porque é absolutamente óbvio e quem nos lê deve saber. Polly É gorda, Didi É gay, eu SOU gengivuda, so what? A gente RI disso, o tempo todo, em nossos blogs pessoais.

Agora, quando você diz que uma pessoa matou gatos de outra pessoa, você está dizendo que ela cometeu um crime. Quando esse fato NÃO aconteceu, bom, você tem que se responsabilizar por isso. Quando você chama uma outra pessoa de maníaca depressiva com o intuito de injuriar/difamar, e ela não é maníaca depressiva, mas está escrevendo posts tristes porque seu pai acabou de MORRER, você tem que se responsabilizar por isso. Quando eu recebo este email:

...Hipopolly não se hospeda na casa de usa melhor ameeeega Lelê porque algum tempo atrás ela se hospedou lá e fez muita, mas muita merda mesmo. De comer coisas da geladayra a dar em cima do marido da Lelê. Marido esse, aliás, que trabalha no meio musical e fuma maconha loucamente, inclusive em casa e perto da filha deles...

... bom, o autor deste texto vai ter que responder por isso. E assim por diante.

Pra mim, a diferença entre o TDUD? e este email, por exemplo, está muito muito clara. A diferença entre o que a gente escreve no blog e dizer que tal pessoa mata gatos por sadismo (o que é um crime) está evidente - bem diferente de você fazer piada com uma pessoa gorda/velha/gay/tosca. Gostar ou não do TDUD? é uma coisa pessoal, direito intransferível. Uma coisa é uma coisa. Outra coisa, bem... é outra coisa. Minha opinião está dada e fico por aqui sobre este assunto.

Um beijo.

sábado, 15 de novembro de 2008

Diva Eterna

Daí que na quinta-feira fomos ao show da Cyndi Lauper. Eu já assisti a shows dela das duas vezes em que ela veio ao Brasil, sou fãzaça, mesmo, de saber todas as letras, de dançar igual. Eu aprendi a dançar vendo Cyndi dançar, eu aprendi a mudar a cor e o corte do cabelo a cada semana com ela, eu aprendi a escrever versos doídos com ela. Cyndi está no topo da minha cadeia musical, como Ted Hughes e Christian Bobin estão no topo da minha cadeia poética, o que, na verdade, dá na mesma. Cyndi é poesia em forma de som e fúria.

O que vi nessa quinta foi uma Cyndi obviamente mais velha (55 anos) e incrivelmente MUITO mais rock'n'roll. Mesmo o último cd tendo sido supereletrônico, ao vivo é outra história: guitarra, baixo, bateria e MUITA voz. Não estou falando (só) dos agudos superpotentes: uma cantora não se faz só com uma tessitura vocal abrangente, é muito mais que isso. É alma no corpo da voz.

Ouvir When You Were Mine ao vivo foi absurdo. Re-ouvir Girls Just Wanna Have Fun ao vivo foi delicioso:



(eu quero esse cabelooooooooooooooo)



Ficou faltando Shine (que ela cantou na sexta, meu Deus), mas ok, eu ouvi o tempo todo na volta pra casa, porque está no meu peito e no meu pulso...


...pra sempre. My music.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Sobre Ratos - 2

Nego acha que pode falar merda e ficar na boa. Bom, se tem uma coisa que eu aprendi com meu pai é que não. E é em nome dele é que não vai ser assim.

Se vocês querem saber do que eu estou falando, por cima a história é a seguinte: um cara que sempre assinou como Metheoro e sempre "acompanhou" o TDUD?, participando de programas a que a gente ia e mandando scraps/tweets elogiando todos... ele e alguns amigos dele. Daí o cara resolveu mudar de idéia: o TDUD? é ruim e tal. Ele e os amigos dele. Mas beleza, até aí.

Daí o cara faz um hate blog (pronto, vai ter mais que 10 acessos/dia agora) pra falar mal de quem? TDUD?. E quem comenta? Aqueles tais amigos dele (um deles inclusive que espalhava pra galera que era um dos meus melhores amigos e... not). O blog é feito pra ofender várias pessoas (Polly, Didi e eu inclusive), mas ofender de verdade, falar mentiras, machucar pessoas, injuriar, difamar. A partir de ontem, o alvo sou eu, por causa do post abaixo.

Bom, minha resposta é este post e um processo bem montado. O nome verdadeiro do dono daquele blog (que não assina, obviamente - esse povo trabalha só com pseudônimo sempre) é José Hilário Jr, um recifense que agora mora em SP - é esse cara aqui (obviamente já devidamente bloqueado) e aqui (já trancado, não duvido que delete logo também). Aperta a campainha e sai correndo. Ofende, calunia, injuria e quando é confrontado alega "opinião" ou diz que está sendo "intimidado" (ver comentários).

Não me pronuncio mais sobre isso, por enquanto. Nem no blog nem no twitter. Obrigada a quem me mandou emails ontem à noite sobre o assunto. Quem quiser me contatar sobre isso e saber o que estou fazendo a respeito pra poder entrar na história - porque o cara joga merda pra tudo quanto é lado -, por favor escreva para alesie@gmail.com.

___

Update: quem se sentiu incomodado/lesado pelos posts do blog do cidadão, por favor entre em contato. Acabo de falar com meu advogado pelo telefone e enviar-lhe a documentação e ele diz que a ação pode, sim, ser conjunta, se for o caso.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

sobre ratos

Como diz a Polly, tem dias em que a gente se sente em um episódio de baixo orçamento de Gossip Girl. A única diferença é que não somos milionários e não estamos no Upper East Side. Ah, sim, e nossos vilões não possuem o mesmo talento para a maldade e deixam rastros, jurando que nunca serão descobertos. Então, esse é apenas um recado para as pessoas que eu deixo entrar na minha casa e abusam da minha confiança: vocês não são tão espertos quanto pensam e ninguém aqui está em um seriado de adolescentes para ficar invadindo computador e repassando informações, muito menos para sair roubando objetos. Sim, eu podia chamar a polícia, porque, ao contrário de intriguinha de internet, roubar dá cadeia, mas não vou perder mais energia com molecagem.

Vai fazer o quê? Vender no Mercado Livre? Leiloar no Orkut? Lamento informar, mas não vai conseguir nem 20 conto. O que você levou no domingo eu posso repor e a minha vida (ou a dos meus amigos) não vai ficar mais ou menos rica por causa disso ou por causa de magoazinha de internet, mas falta de honra e caráter (roubar a casa dos outros e invadir privacidade tem outro nome?), ah, isso sim ACABA com a vida de uma pessoa, e é por isso que eu tenho pena de vocês. Não porque eu "falo mal de todo mundo mas não agüento", mas porque desonestidade e traição, dentro da minha casa, me embrulham o estômago.

Vocês sabem quem são.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Stop the Clocks - Translated into English by John Lyons

So, Dad, I'm going to speak while the blood is warm - mine, and yours still. Because you died seven hours ago, just seven, and already it seems like seven years.


Your doctor was with me and he said that he never saw a life force than yours. Such a goddamned will to live, contradicting all prognoses, shrinking cancers, increasing levels of God knows what in a way no one could explain. I told him that you were always like that, Dad, you always did what you wanted - and what you most wanted in this life was to live as much as you could.

And when you stopped breathing, you were sufficiently generous, given the fact that my mother put her hand on your chest to see if your heart was still beatng, to give her three more beats, before stopping altogether. Your heart did not stop beating in my mother's hands, your ex-wife's - it beat three more times, a present which meant more than any other thing you might have promised to any other person.

And when that immense tear fell into the corner of your eye, after you stopped breathing and after your heart stopped beating, I know that was when you cast off the armor from around your soul, and handed it to Life saying: "I never gave up; it was you that defeated me". Because you would never give up, Dad; you, never. And you taught me more in these 40 days than in 30 years. 

That I am like you, Dad, I always knew, and everyone always said so. But today, after dressing, combing, and perfuming your body just as you would do for a big date with some big-thighed fancy lady, I moved away from the cold slab feeling for the first time in my life that something REALLY NEW had been born in me. I am feeling you within me in a way that is different from love or nostalgia. It is almost physical, almost the opposite of a cancer, an unexpected spiritual metastasis.

I promise to honor you every day, Dad, to honor your name, your sense of justice and your taste for irony, honor your sharp and incomparable intelligence, your honesty and common sense, your weakness for vain and ephemeral passions, for a good lay, a good table, for real beer (because the others were only fit for pipe-cleaning), to honor your eternal motto "don't make it easy". But principally, Dad, I promise to honor your honor. Tooth and nail, forever and ever.

*

EHRE ÜBER ALLES

Poetry above all

E quando está tudo difícil demais a ponto de você perguntar se vai mesmo conseguir aguentar abrir uma lata de pêssegos em calda sem explodir em lágrimas e dor, vem a poesia e te salva, e diz tudo por você, e te abraça e diz que "it'll all be ok".

O poema abaixo foi escrito no dia da morte do meu pai, por John Lyons, e é uma das coisas mais impressionantemente lindas que eu já li na vida. John conheceu meu pai por alguns anos, mas conheceu tudo dele, e eles eram muito amigos.

Thank you, Brother.


Waldir

There are names

And there are names,

Drenched in emotion

But free from tears

Names that sail

Freely along the coast

Of Ilhabela

Names that dwell

On the tip of the tongue

Names that are in essence

A kiss

Or a warm embrace

Names that love

The laughter of life

And scoff at death’s

Dismal victory,

names that purr after dark

just as Carol

is purring still

on the stairs

in São Carlos;

there are names

soaked to the core

in honour

in dignity

in respect,

names with a fierce

tenderness,

names that are

essential to the smooth

running of life

and that cause us to stand

to attention

as they pass us by

or as they pause

to spend a few years

with us, names

that charge the memory

with indelible moments,

names that bear

testimony to the stubbornness

of love, to the fact

pure and simple

that love outlives

pedestrian life that ultimately

cannot keep pace, cannot

go the distance, life

that empty misnomer!

What’s in a name?

That uncommon denominator

That we carry from

The date of our birth

Up to and beyond

The moment of complete

Release, no longer

The wounded bird

Held in delicate hands,

But a name that soars

In the beating heart,

For ever and ever.

John Lyons

2 November 2008

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

(as mãos imensas do meu Pai, e a delicadeza com que abrigaram um passarinho, em Ilhabela)



ELEGIA - estrofe 7

-Cecilia Meireles-


(...)
Faltam teus olhos com ilhas, mares, viagens, povos,
tua boca, onde a passagem da vida
tinha deixado uma doçura triste,
que dispensava palavras.

Ah, falta o silêncio que estava entre nós,
e olhava a tarde, também.

Nele vivia o teu amor por mim,
obrigatório e secreto.
Igual à face da Natureza:
evidente, e sem definição.

Tudo em ti era uma ausência que se demorava:
uma despedida pronta a cumprir-se.

Sentindo-o, cobria minhas lágrimas com um riso doido.
Agora, tenho medo que não visses
o que havia por trás dele.

Aqui está meu rosto verdadeiro,
defronte do crepúsculo que não alcançaste.
Abre o túmulo, e olha-me:
dize-me qual de nós morreu mais.

domingo, 2 de novembro de 2008

Stop the Clocks

Então, Pai, eu vou falar enquanto o sangue tá quente - o meu e o teu, ainda. Porque você morreu faz sete horas, só sete horas, e parece que já faz sete anos.

Teu médico esteve comigo e disse que nunca viu uma força de vida maior que a sua. Uma vontade de viver tão foda, contrariando todos os prognósticos, diminuindo cânceres, aumentando taxas sei-lá-de-quê de uma forma que ninguém soube explicar. Eu disse pra ele que você sempre foi assim, Pai, você sempre fez o que queria - e o que mais quis nessa vida foi viver tudo o que podia.

E quando você parou de respirar, foi generoso o suficiente para, diante do fato de minha mãe colocar sua mão no teu peito pra ver se teu coração ainda batia, dar a ela três pulsações outras, antes de parar de vez. Teu coração não parou de bater nas mãos da minha mãe, tua ex-mulher - ele bateu outras três vezes, um presente que significou mais do que qualquer outra coisa que você possa ter prometido pra qualquer pessoa.

E quando tua lágrima grossa caiu do canto do teu olho, depois que você parou de respirar e teu coração parou de bater, eu sei que foi quando você tirou a armadura de cima da tua alma, entregou pra Vida e falou: "Eu não desisti; você que me venceu". Porque você não desistiria jamais, Pai; você, não. E você me ensinou muito mais nestes 40 dias do que em 30 anos.

Que eu sou parecida com você, Pai, eu sempre soube, e todo mundo sempre disse. Mas hoje, depois de vestir, pentear, perfumar teu corpo como você faria para um grande encontro com uma sirigaita de coxas grossas qualquer, eu saí de perto da mesa gelada sentindo pela primeira vez na vida que algo REALMENTE NOVO brotou em mim. Estou sentindo você dentro de mim de uma forma diferente de amor ou saudade. É quase físico, quase o avesso de um câncer, uma metástase anímica inesperada.

Prometo te honrar a cada dia, Pai, honrar teu sobrenome, honrar teu senso de justiça e teu humor sarcástico, honrar tua inteligência afiada e incomparável, tua honestidade e sensatez, tua queda por paixões fúteis e efêmeras, pela boa cama, pela boa mesa, pela cerveja de verdade (porque o resto é para limpar cachimbo), honrar o eterno lema "não facilite". Mas principalmente, Pai, prometo honrar a tua honra. Com unhas e dentes, para todo o sempre.


EHRE ÜBER ALLES


Vai com Deus, Pai, e olha por mim.